Desde o início de 2023, o Governo do Amazonas vem adotando uma série de medidas para o enfrentamento das queimadas, desmatamento e dos efeitos ocasionados pelo período de estiagem que, este ano, tem sido mais severa e já é considerada uma das maiores da história do estado. Essas e outras ações do Governo do Estado podem ser conferidas no site: paineldoclima.am.gov.br.
As ações incluem investimentos em equipamentos, treinamento de equipes, alertas com antecedência aos municípios sobre medidas a serem adotadas, alinhamento de iniciativas com outros entes, como as Forças Armadas e Governo Federal, até a realização de operações de prevenção e enfrentamento a ilícitos ambientais e decretação de estado de emergência.
Em janeiro, o governador Wilson entregou mais de 60 novas viaturas e mais de 4 mil itens para auxiliar o trabalho das forças de Segurança, incluindo as ações do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM). O investimento foi ampliado em maio, quando mais 41 veículos, 9 destinados aos Bombeiros, sendo duas Auto Bombas Tanques (ABTs) para combate ao incêndio, além de uma lancha para reforço ao trabalho operacional aquático do CBMAM foram entregues.
Já em maio, na mesma oportunidade, o governador ressaltou que o Amazonas estava entrando no período de estiagem e parte dos investimentos deveriam ser dedicados ao enfrentamento das queimadas, tanto na capital quanto no interior, com atenção especial ao sul do Amazonas.
Operações de enfrentamentos
Ainda no primeiro semestre, no dia 18 de abril, o Governo do Amazonas lançou a Operação Tamoiotatá 3, em Humaitá, num esforço contínuo para ampliar a presença do estado na prevenção e repressão ao desmatamento e às queimadas ilegais no sul do Amazonas. No dia 2 de maio, a operação já somava mais de R$ 1 milhão em multas.
Já em 10 de julho, o governador Wilson Lima apresentou o planejamento e uma série de ações para o início do período de estiagem com o objetivo de conter focos de incêndio, com o lançamento da Operação Aceiro 2023, que iniciou naquele dia, reforçando os trabalhos da operação Tamoiotatá 3.
No mesmo dia, uma tropa do CBMAM embarcou para municípios do sul do Amazonas com 74 bombeiros militares e dez viaturas. Desde março, equipes do CBMAM também já estavam no campo capacitando brigadistas municipais.
Por fim, no dia 5 de agosto, os Bombeiros lançaram a Operação Céu Limpo 2023 que, até o momento, já combateu mais de 600 focos de incêndio na Região Metropolitana de Manaus.
A Defesa Civil do Amazonas já divulgava que estimativa é de que a estiagem deste ano seria mais intensa, dada a influência do fenômeno climático El Niño, que inibe a formação de nuvens de chuva permitindo que mais radiação chegue à superfície, resultando em temperatura elevada, propício à propagação de fogo na vegetação seca.
Alertas e decretos
No dia 5 de junho, Wilson Lima assinou decreto com o Plano Estadual de Prevenção e Combate ao Desmatamento e Queimadas do Amazonas.
No dia 12 de setembro, o governador Wilson Lima assinou o decreto de Situação de Emergência Ambiental em municípios das regiões sul do Amazonas e Metropolitana de Manaus e apresentou o plano de ação estadual para a Operação Estiagem 2023. A estimativa foi de investimentos de R$ 100 milhões e envolver cerca de 30 órgãos da administração direta e indireta do Governo do Estado.
Entre as medidas anunciadas estavam o apoio às famílias afetadas com o envio de ajuda humanitária, distribuição de kits de higiene pessoal, hipoclorito de sódio, além de renegociação de dívidas e fomento aos produtores rurais.
No dia 29 de setembro, o governador instituiu o Comitê de Intersetorial de Enfrentamento à Situação de Emergência Ambiental. Ele também decretou situação de emergência em 55 municípios do Amazonas afetados pela seca severa que atinge o estado.
Alinhamentos institucionais
Em junho, a Defesa Civil do Amazonas concluiu uma série de reuniões com instituições públicas e privadas visando alinhar medidas de enfrentamento a futuros desastres naturais como enchentes e estiagem.
No dia 22 de junho, uma importante reunião foi realizada entre a Defesa Civil e os coordenadores da Defesa Civil dos municípios do interior. O objetivo era discutir e preparar para a estiagem que ocorreria nos meses seguintes.
Dentre os assuntos abordados, foram destacados a importância do armazenamento de água, a distribuição de alimentos e medicamentos, a implementação de sistemas de captação de água pluvial e a conscientização da população sobre a importância da preservação dos recursos naturais.
No dia 29 de agosto, instituições do Governo do Amazonas, órgãos federais e entidades da sociedade civil participaram da Reunião do Comitê do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas do Amazonas (PPCDQ-AM). Na oportunidade, o grupo discutiu ações para o período de estiagem.
O encontro era para orientar as estratégias da quarta fase do Plano, que reúne uma série de metas e ações para o combate ao desmatamento e às queimadas ilegais no Amazonas, para o biênio de 2023 a 2025.
No dia 31 de agosto, o Governo do Amazonas e a Marinha do Brasil trataram da situação da estiagem no estado e eventuais iniciativas conjuntas para amenizar as consequências desse fenômeno ao longo dos próximos meses. À época, eram 24 municípios afetados pela seca dos rios.
Pedidos de auxílio ao Governo Federal e outros estados
No dia 6 de julho, a pedido do governador Wilson Lima, o Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou a atuação da Força Nacional de Segurança Pública, por até 90 dias, em Humaitá, Apuí, Boca do Acre, Lábrea e Manicoré. Esses municípios, onde há uma parcela maior de áreas federais, concentram a maior parte dos incêndios florestais do estado.
No dia 24 de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em conversa por telefone com o governador Wilson Lima, garantiu apoio às famílias de cidades afetadas pela estiagem no e. O anúncio foi feito ao governador Wilson Lima durante uma conversa por telefone.
